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29 de novembro de 2007

Poetas da Mitologia




Homero

Segundo o autor do O Livro de Ouro da Mitologia, Thomas Bulfinch, o personagem Homero é quase tão mítico quanto os heróis que celebra. A versão que a maioria das pessoas tem é que ele era um poeta medieval vagabundo, cego e velho, que na maior parte do tempo viajava, cantava seus versos ao som de uma harpa, nas cortes dos príncipes ou nas cabanas dos camponeses, e vivia do que os ouvintes lhe ofertava. Byron o chamava de "o velho cego rochosa ilha de Sio" nesse epigrama mostra a incerteza da sua terra natal:

De ser berço de Homero a glória rara
Sete cidades disputam em vão.
Cidades onde Homero mendigara
Um pedaço de pão.


As cidades eram: Esmirna, Sio, Rodes, Colofon, Salamina, Argos e Atena. Eruditos acreditam que os poemas de Homero seria obras da mesma pessoa. "Em vista da dificuldade de se acreditar que poemas tão grandes pudessem ser da época em que se supõe terem sido escritos, época essa anterior às mais antigas inscrições ou moedas existentes e guando o materiais capazes de conter tão longas produções ainda não existia", afirma Thomas Bulfinch. As pessoas acreditam também que esses poemas tão longos poderiam ter chegado até nós, vindo de uma época em que só poderia ter sido conservado pela memória."Esta última dúvida é explicada pelo fato de que havia, então, um corpo de profissionais, chamados rapsodos, que recitavam os poemas de outros e tinham por encargo decorar e declamar, a troco de pagamento, as lendas nacionais e patrióticas", diz Thomas Bulfinch. Segundo Hérodoto, Homero viveu cerca de oito séculos e meio antes de Cristo.

Virgílio

Era também chamado de Marão. Ele nasceu em Mântua, no ano de 70 a.C. Ele foi um dos grandes poetas que consegui tornar o reinado do imperador Augusto tão célebre."Seu grande poema é considerado inferior apenas aos de Homero, no mais elevado gênero de composição poética, o épico", afirma o autor Thomas. Os poemas de Vírgilio era muito inferior aos de Homero em originalidade e invenção, mas era superior em correção e elegância.

Ovídio

Ele também era chamado por outro nome Nasão. Nasceu em 43 a.C. A sua educação era para vida pública, mas o que ele gostava mesmo era de poesia e então resolveu a ela dedicar-se. Foi à procura dos poetas contemporâneos, encontrou algum conhecimento com Horácio e até com Vírgilo, embora esse último tivesse morrido quando Ovídio ainda era jovem. Desfrutava de uma vida razoável e ele era íntimo da família de Augusto, e supõe-se que ocorreu alguma ofensa grave entre a família de Augusto com a família de Ovídio do qual amargurou o poeta até os últimos dias de sua vida. Quando Ovídio completou 50 anos ele foi expulso de Roma, recebendo ordem de viver à margem do Mar Negro. Acostumado com uma vida sofisticada passou os últimos dez anos da sua vida torturado pelo sofrimento e angústia. A única coisa que ele fazia, como consolo, era escrever cartas para seus amigos e à esposa. ( "Os "Tristes" e as "Cartas" do Ponto") são exemplo de carta que falam da sua mágoa, mas eles não são tediosos e é claro que são lidos com prazer. As suas principais obras foram "Metamorfose" e os "Fastos", são poemas mitológicos. Um escritor moderno comenta sobre esses poemas:
"A rica mitologia da Grécia ofereceu a Ovídio, como ainda pode oferecer ao poeta, ao pintor e ao escritor, os materiais para sua arte. Com raro bom gosto, simplicidade e emoção, ele narrou as fabulosas tradições das idades primitivas e deu-lhes uma aparência de realidade que somente a mão de um mestre conseguiria. Suas descrições da natureza são vivas e verdadeiras; escolhe com cuidado o que é adequado; rejeita o superficial; e quando completa sua obra essa não apresenta nem insuficiência nem redundância. As "Metamorfoses" são lidas com prazer pelos jovens e relidas com maior prazer ainda pelos mais idosos. O poeta aventurou-se a prever que seu poema lhe sobreviveria e seria lido enquanto o nome Roma fosse conhecido."
Últimos verso de "Metamorfose":

Assim eis terminada a minha obra
Que destruir não poderão jamais
A cólera de Jove, o ferro, o fogo
E a passagem do tempo. Quando o dia
Em que pereça a minha vida incerta
Chegar, o que em mim há de melhor
Não há de perecer. Subindo aos astros
Meu nome por si mesmo viverá.
Em toda a parte onde o poder de Roma
Se estende sobre as terras submissas,
Os homens me levarão, e minha fama
Há de viver, por séculos e séculos,
Se valem dos poestas os presságios.

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