Andarilhos virtuais...

28 de abril de 2010

Vida de Circe

O vento sopra forte,

urrando em meio a escuridão.

A noite envolve o solo

como uma coberta protetora.


No devaneio de meus pensamentos,

recordo-me de seus olhos semicerrados e

sonhadores.


Me alimento nesse momento

de lótus.

E depois de ingeri-lo,

esqueço inteiramente da minha própria

terra.


Quero apenas viver no mundo

oferecido por você.

Contemplo a sinuosidade

de sua música.

Que, vagarosa, invade

meu coração em

uma melancolia

doce e

complacente.


No entanto, o amor perde

a plenitude

quando surge

 o Ciclope.

Com pés enormemente

desalinhados,

o monstro massacra

tudo que ver

 pela frente.

Ao me ver, Ciclope

tenta me trucidar.

Mas meu desejo de matá-lo

é muito mais forte,

não temendo a própria

morte,

livro-me desse ser miserável

com uma atitude

abominável.


Magias são elaboras.

E, com poções mágicas,

o gigante se vai,

desaparecendo


em cinzas em

pó.


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