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15 de janeiro de 2008

Obsessão de Apolo

As lendas mitológicas, principalmente as de romances, trazem sempre finais trágicos. Muitos episódios parecem não ter o menor sentido, no entanto, os mitos contém alguma verdade moral. Um dos romances mais surpreendentes, a meu ver, é a de Apolo e Dafne. Na narrativa, Apolo se mostra louco de amor pela bela ninfa. Cupido, filho da deusa do amor, Vênus, se diverte lançando duas poderosas flechas. Uma criada para atrair o amor, outra para afastá-lo. A primeira flecha, que acertou o coração de Apolo, era a de ouro. A segunda, que feriu a ninfa Dafne, era a de chumbo. Então, o destino de Apolo era seguir o caminho do amor impossível. Dafne corria exaustivamente de todos os homens. A deusa continuou sua fuga fugindo do obcecado deus Apolo. E, mesmo fugindo, ela o encantava. O vento acariciava cada parte de seu corpo. Ele ficava maravilhado com o balanço dos seus cabelos soltos e brilhantes.
Assim voavam o deus e a ninfa. Ela com asas de medo, ele com asas de amor.
A virgem Dafne, suplicou ao seu pai rio-deus Peneu que tirasse todas as curvas do seu belo corpo. O pedido foi aceito. Em questão de segundos, o corpo de Dafne ganhou novo formato e seus cabelos transformaram-se em folhas. Assim a bela ninfa, foi metamorfoseada em Loureiro.
Desde então, Apolo, em homenagem a deusa, utiliza as folhas de louro como coroa. O loureiro passou a ser sua planta preferida.


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