Andarilhos virtuais...
10 de setembro de 2008
Minúsculos guerreiros
Por entre as enormes folhas de bananeiras encontrei uma sociedade de pigmeus. Medindo cerca de treze polegadas, essas criaturas pequeninas são dignas de coragem e valentia de um gigante. Um deles se aproximou e pediu para que eu sentasse do seu lado. Atendi ao pedido e prestei atenção em cada palavra revelada. Tito media um pé de altura, seus olhos amendoados expressavam medo e pânico. O baixinho e seus amigos aventureiros não se acostumavam com esse país desconhecido e diziam que era difícil se adaptar com o clima tropical do Brasil.
Segundo o pequenino, toda a sociedade de pigmeus teve que imigrar para diversos paises. Isso porque seus inimigos, os grous, devastaram grande parte da cidade que se encontrava na nascente do rio Nilo, na Índia. Inúmeros pigmeus foram perseguidos e mortos em batalha sangrenta.
Confesso que eu me divertia com o modo de vida e a cultura dessas diferentes criaturas. Suas casas, edificadas com cascas de ovos, representavam segurança e proteção. Um dos anões quase me atropelou com seu carro puxado por perdizes. Ergui a sobrancelha de tanto espanto, mas depois desatei a rir.
Perguntei para Tito o que de mais corajoso o exército já havia feito. Ele me respondeu que o ato de bravura que repercutiu no mundo inteiro foi quando os soldados atacaram Hércules. No entanto, Hércules riu dos minúsculos guerreiros. Embrulhou alguns dos anões dentro de sua pele de leão e entregou ao rei de Micenas, Euristeus. Uma lágrima despencou dos meus olhos. Tomada por pena e compaixão, convidei todos os pequeninos para morar no meu quarto. Desde então, Tito e seus companheiros vivem confortavelmente em minhas gavetas.
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