Mythos Clássicos: Divas

Conheçam quais são as deusas gregas!

Ifigênia sendo sacrificada

A esperança perdi inteiramente,
Nesse lugar maldito, cujo nome
Nem como em pensamento ouso dizer.
Meu pai estende a mão sobre meu rosto.
As lágrimas me cegam e em vão me esforço
Para falar. Tudo parece um sonho.
Dos reis cruéis que me rodeiam vejo
As barbas negras e os lupinos olhos
Que me fitam esperando minha morte.
Os altos mastros dos navios tremem
E o templo e a multidão que me rodeia.
Sinto o corte de lâminha aguçada,
Devagar, devagar...e nada mais.

Tennyson, no poema "Sonho das mulheres belas"

"Ode ao Dia de Santa Cecília"

Muito cedo, porém, volve os olhos Orfeu
E de novo ela cai, e de novo morreu!
Como conseguirá as três Parcas domar?
Crime não houve teu, se não é crime amar.
E, agora, debruçado sobre os montes,
Junto à água das fontes
Ou onde o Hebro abre seu caminho
Orfeu chora sozinho
E, em luto e pranto, invoca a alma querida,
Para sempre perdida!
Agora, todo em fogo, clama, ardente,
Sobre a neve do Ródope imponente,
E ei-lo, furioso como o vento, voa
E, em torno, o ardor da bacanal ressoa.
Está morrendo, vede, e a amada canta,
Seu nome vem-lhe aos lábios, à garganta,
"Eurídice", a palavra derradeira.
"Eurídice", dizem as matas,
"Eurídice", as cascatas,
Repete o nome a natureza inteira."

Pope usou, como exemplo, a história de Orfeu para explicar o poder da música.

História de Aracne

"Por entre as verdes folhas da oliveira
Colocou, com tal arte, uma falena
Que bem viva e voando dir-se-ia.
Tudo era vivo: o veludoso pêlo
Que se estendia sobre as quatro asas,
A sedosa penugem sobre o dorso,
As compridas antenas, os brilhantes
Olhos e as cores várias e vistosas.

Vendo Aracne a obra já completa,
Com perfeiçã tão rara extasiada,
Imóvel, dilatada as pupilas,
Quedou, sem que o silêncio conseguisse
A vitória era sua, mas a ira
Que a deusa lhe causara foi tão grande
Que veneno mortal lhe trouxe ao sangue".

Spencer em seu poema "Muiopotmos".

Andarilhos virtuais...

12 de julho de 2009

Divas

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História de Aracne